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Resí(duo)



O Coletivo SPECTROLAB foi convidado a participar do projeto Leituras de Movimento 2018 do SESC MT que teve início em abril e finalização em novembro com grupos e artistas da cidade de Cuiabá (MT) sob o acompanhamento, olhar e questionamentos da artista Priscila Maia (RJ). Os integrantes trocaram desejos, referências, perguntas, apontamentos, cenas, textos, experiências durante todo o processo para que assim pudessem chegar à um trabalho que fosse genuíno e honesto com as aspirações de cada um naquele momento. Dessa forma, os trabalhos foram sendo modificados e lapidados durante esses 7 meses de trabalho a partir das trocas, que foram essenciais, entre os núcleos que foram se formando de forma orgânica.


Douglas Peron e Millena Machado, artistas do Coletivo SPECTROLAB, se encontraram no desejo de trazer questionamentos a partir da pesquisa de materiais, mais especificamente O LIXO. Fazia parte do princípio de pesquisa do grupo o interesse por materiais ordinários e em como transformar suas potências físicas e seus propósitos para que fosse possível propor alternativas aos materiais utilizados convencionalmente nas expressões artísticas que estavam inseridos - teatro de formas animadas. A partir de trabalhos individuais, os artistas passaram a alterar materiais reciclados com mais frequência por meio de reestruturação de sua forma física (derreter, cobrir, cortar, moldar...) e reutilização nos propósitos comuns (ressignificando o uso do objeto sem reestruturar sua forma). Daí veio o desejo de potencializar e colocar esse material como protagonista do trabalho no projeto Leituras de Movimento, que possibilitou uma oportunidade ampla de discussão dentro do tema, onde puderam trazer suas próprias observações e questionamentos.




Passaram por um processo longo e ambicioso até chegarem em Resí(duo), nome dado à intervenção, como foi apresentado na semana da mostra dos trabalhos. Navegaram pelo teatro de sombra, pelo teatro de bonecos híbridos em miniatura, onde permaneceu apenas a pesquisa corporal a partir desses disparadores. Se cruzaram novamente no teatro de máscaras, no qual Millena Machado participou de formações com o Centro de Pesquisa da Máscara (SP) e Tiche Viana (Barracão Teatro SP) em janeiro de 2018, e Douglas Peron pesquisava a alteração dos canudos por meio do derretimento/aquecimento do material para confecção de máscaras, rostos de bonecos e outras variadas formas. Cada vez mais os questionamentos, as vontades, as possibilidades foram afunilando para a criação de dois seres mascarados e feitos de plásticos da cabeça aos pés.


A intenção é de enfatizar a maneira de lidar com a produção de resíduos ao nosso redor, e como parecemos continuar sem enxergar a dimensão do problema. Nesse trabalho os artistas reciclaram cerca de 800 canudos e mais de 500 sacolas plásticas para confecção do figurino e máscara, uma pequena quantidade, mas que teve seu ciclo redirecionado possibilitando o questionamento a essas questões no espaço da rua em forma de intervenção urbana para que se possa discutir publicamente, aos olhos da população e da gestão pública.


Veja o vídeo que compartilha um pouco do processo de criação do trabalho:




 
 
 
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